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sábado, 8 de outubro de 2011

Bioenergy põe R$ 6 bi em eólicas no Maranhão




São no total 50projetos de usinas que vão garantir 1,4 mil megawatts até 2015;companhia adquiriu 20mil hectares no estado

O calor escaldante que costuma pairar sobre o Maranhão na maior parte do ano não assustou os investidores da Bioenergy. A companhia, uma das pioneiras em projetos eólicos no país, chegou na região de mansinho, fincou 11 torres eólicas na região Nortedo estado (em um investimento de aproximadamente R$ 3,5 milhões), e descobriu que os ventos realmente estavam a seu favor.

Após três anos de medição, apesar de uma sazonalidade nos ventos acentuada, a empresa verificou um fator de capacidade (produção efetiva da usina em um período de tempo) maior que 50%, acima de várias localidades no Nordeste, por exemplo. Esse foi o principal motivo para a empresa começar a driblar os desafios logísticos da região e decidir investir R$ 6 bilhões em 50 projetos que, juntos, deverão gerar cerca de 1,4 mil Megawatts (MW) até 2015.

Estima-se que com isso sejam gerados 3 mil empregos diretos. De acordo com o presidente da Bioenergy, Sergio Marques, a comercialização dessas usinas deve começar imediatamente. Além da medição, a companhia já adquiriu 20 mil hectares no estado e trabalhou para solucionar as questões fundiárias pendentes. A empresa também teve, e continuará tendo, que investir em infraestrutura, fazendo desde vias de acesso até a cobertura de buracos no trecho da BR que passa pelos municípios de Tutóia e Paulino Neves. “Descobrimos um paraíso, o problema é chegar até lá.” 

Entre os problemas apontados estão as burocráticas questões orçamentárias que chegam a atrasar em até seis meses a licitação de empreiteiras para obras regionais. Ainda assim, a disponibilidade de terras e o potencial eólico compensam. “A gente encontrou no Maranhão a mesma coisa que encontramos no Rio Grande do Norte há 10 anos”, diz Marques, referindo-se a alta capacidade de execução de projetos no estado nordestino.

Foi no Rio Grande do Norte que a empresa estruturou quase todos os seus projetos. A companhia investiu cerca de R$ 1,7 bilhão em projetos de geração de energia eólica no estado. Já contratados, eles somam 380 MW e estão divididos em 13 parques eólicos. Dentro de 90 dias, a Bioenergy iniciará a operação de dois parques na região que irão gerar 14,4 MW e tiveram investimento de R$ 120 milhões.
 
Para os leilões A-3 (para consumo dentro de três anos) e de reserva, marcados para 17 e 18 de agosto, o estado potiguar será novamente contemplado nos planos da Bioenergy que inscreveu cinco projetos que 150 MW. Com tanto projeto para tirar do papel, financiamento é o grande desafio. A Bioenergy fará com o Itaú/BBA e o banco Votorantim a primeira operação de aerogeradores 100% financiados pelo Finame - linha do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para máquinas e equipamentos -, no valor de R$ 74,2 milhões. 

O grupo tem um contrato de R$ 1,4 bilhão com a General Eletric (GE) para o fornecimento de 304 turbinas. A companhia também acaba de fazer uma emissão de debêntures de R$ 58 milhões junto à Infrabrasil (fundo que tem entre os seus cotistas a Funcef, Petros, Previ, Valia). Há poucas semanas a mesma operação, só que no valor de R$ 20 milhões, havia sido feita como Fundo Zaragoza, do Banco Medial.

A Bioenergy é a responsável pelo levantamento do mapa eólico de São Paulo. As prévias do estudo, segundo Marques, indicam que o estado tem menos potencial - no máximo 40% - que outras regiões. A decisão de implantar unidades em São Paulo, acredita, dependerá da iniciativa do governo local.

Fonte: Brasil Econômico
Autor: Priscila Machado

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