Luiz Santos, diretor de Logística da CGG Trandind, uma das sócias do consórcio de empresas que vai explorar o Terminal de Grãos do Maranhão.
Foto: Divulgação/Ag Ideal/CGG Trading
Vista dos armazéns do Terminal de Grãos
O executivo Luiz Claudio Santos, diretor de Logística da CGG Trading, uma das integrantes do consórcio que forma o Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), por meio de sua assessoria de comunicação, deu detalhes do andamento das obras, no Porto do Itaqui, e da expectativa de início de operação, prevista para o fim de setembro, com a abertura do primeiro dos quatro armazéns.
Dos quatro armazéns, três estão com obras adiantadas. Segundo Santos, a estimativa é inaugurar cada armazém em intervalos de cerca de 30 dias, na perspectiva de que até fevereiro de 2015 todo o complexo graneleiro esteja em plena operação. Lembrando que serão quatro armazéns graneleiros com capacidade estática cada um de 125 mil toneladas, perfazendo um total de 500 mil toneladas.
De acordo com o executivo, no intervalo de fins de setembro até fevereiro de 2015, os armazéns do Tegram funcionarão em esquema de pool, com todas as empresas operando (dividindo) na mesma estrutura.
Luiz Santos ressaltou que o consórcio Tegram, formado pelas empresas Nova Agri, Glencore, CGG Trading, Louis Dreyfus e Amaggi, é considerado referência em gestão compartilhada. Para ele, o novo terminal vai suprir a demanda de produtores de grãos dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia (Matopiba) e do nordeste do Mato Grosso.
Vantagens – O executivo ressaltou, a respeito das vantagens do Tegram em relação a outros terminais do país, que o trajeto de produtores do Mato Grosso até o Tegram, por exemplo, será de 1,5 mil km. Apesar da longa distância, o percurso é encurtado quando comparado com o trajeto habitual da produção mato-grossense até o Porto de Santos, em São Paulo, a 2,2 mil km de distância, ou mesmo até o Porto de Paranaguá, a 2,3 mil km.
Outro ponto destacado pelo diretor da CGG é a expedição, pois o Tegram contará com modernos carregadores de navios que operam a uma taxa de 2,5 mil toneladas por hora, o que permite um rápido carregamento de navios evitando assim as custosas filas de atracação.
Para Santos, a combinação de grande capacidade estática, somada à dupla vocação logística que permite recepção tanto de caminhão quanto de trem, a alta taxa de carregamento de navios, a localização estratégica, próxima às novas fronteiras agrícolas e a profundidade natural dos berços de atracação, colocarão o Tegram como um dos mais eficientes portos de escoamento de grãos do país.
Logística - Outro ponto importante do Tegram será a capacidade de recepção de grãos. Estima-se que 80% da produção agrícola do Matopiba chegará ao Tegram por meio de ferrovias e 20% por rodovias. Para garantir eficiência logística nesse processo, esses modais também contemplam os investimentos realizados pelos consorciados. A capacidade de recepção pelo modal rodoviário será de até 800 caminhões por dia, o que significa mais de 32 mil toneladas.
Para minimizar o impacto do trânsito desses veículos, o Tegram adotará um sistema de recebimento de mercadorias que contará com pátio de triagem e agendamento prévio.
A descarga rodoviária será realizada por modernos tombadores para atender caminhões de até 30 metros, serão oito tombadores, sendo dois por armazém. O sistema de recebimento ferroviário terá a capacidade para descarregar 3 mil toneladas por hora, com oito vagões simultaneamente em duas moegas ferroviárias. O ramal ferroviário terá extensão para receber um comboio com 80 vagões com aproximadamente 7 mil toneladas por comboio.
Mais
O investimento total do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) é de aproximadamente R$ 1 bilhão, segundo informou o diretor de Logística da CGG Trading, Luiz Claudio Santos. Serão R$ 600 milhões na construção dos silos no Porto de Itaqui, e outros R$ 300 milhões que as consorciadas deverão investir em infraestrutura logística nas regiões produtoras do Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia (Matopiba). São armazéns e transbordos que possibilitarão o Tegram a movimentar os volumes previstos.
O Tegram terá capacidade de fornecer produtos agrícolas para todos os países do mundo, sem exceção, mas os principais mercados compradores são Europa e Ásia. Por estar geograficamente mais próximo, há uma vantagem do Tegram em relação à Europa e América do Norte. A expectativa é que as mercadorias levem entre 7 e 8 dias para chegar até a Europa partindo do Tegram, e entre 4 ou 5 dias na Ásia, segundo o executivo da CGG Trading.
O terminal terá condições de abastecer navios tipo Panamax, que tem capacidade de receber até 75 mil toneladas. que pode cruzar o canal do Panamá, o que representa mais uma vantagem para o escoamento de grãos para o mercado da Ásia.
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