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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Terminal de grãos no porto de Itaqui facilitará escoamento em MT


As obras civis do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), no Porto de Itaqui, em São Luis (MA) foram lançadas . O Tegram é o mais importante empreendimento do país para o escoamento dos grãos produzidos no chamado arco Norte, que compreende estados do Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Para o presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, este terminal é fundamental para a produção mato-grossense. “A vocação de Mato Grosso é a saída por portos como Itaqui, Itacoatiara e outros da região”, explicou.

Quando pronto, tenderá a acabar com a irracionalidade do fluxo da exportação do agronegócio brasileiro, cuja esmagadora maioria dos volumes percorre um ilógico caminho para sair pelos portos do Sudeste e Sul. O presidente da Aprosoja também ressaltou que a região Leste será a primeira beneficiada com esta ampliação. “Com a ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), o escoamento da região médio-norte também será facilitada”, disse.

O terminal terá capacidade para movimentar até 10 milhões de toneladas, ampliando o potencial futuro do porto do Itaqui para movimentar 15 milhões de toneladas de grãos, o equivalente a um terço da capacidade instalada para exportações de granéis sólidos pelos portos das regiões Norte e Nordeste.
Atualmente, a oferta de escoamento do Itaqui para esse tipo de carga, de aproximadamente 2,5 milhões de toneladas, já está tomada, diz o presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Luiz Carlos Fossati, que arrendou à iniciativa privada a construção e exploração do terminal.

O Tegram é um investimento de R$ 322 milhões feito em parceria pela Glencore, CGG Trading, Consórcio Crescimento (formado pela francesa Louis Dreyfus Commodities e a Amaggi Exportação) e NovaAgri. Juntas, as empresas ofereceram R$ 143,1 milhões pelo direito de explorar o terminal por 25 anos, renováveis por igual período.

O terminal maranhense ocupará uma área de 161.308 metros quadrados que abrigará quatro armazéns de estocagem de granéis sólidos. Ao todo, a oferta estática de armazenamento será de 500 mil toneladas, distribuídas igualmente entre as quatro unidades. Quando em operação com a capacidade total, o terminal será servido por dois berços de atracação - um já existente, o 103, e outro recém-inaugurado, o 100. Cada um deles tem 320 metros de extensão e possibilidade de receber navios com até 15 metros de calado.

O Tegram será construído em duas fases. A estimativa é que a primeira, para 5 milhões de toneladas, esteja pronta até o fim de 2013. A segunda etapa adicionará mais 5 milhões de toneladas e será erguida conforme a demanda, mas a projeção é que esteja operacional em 2019. "Sabemos que existe uma demanda reprimida no Sul do Maranhão e no Centro-Oeste porque hoje a maior parte do escoamento é feita pelos portos do Sul e do Sudeste", afirma Fossati.

Em 2011, o porto do Itaqui ficou em 6º lugar no ranking dos principais exportadores de soja do Brasil. Quando o Tegram estiver a pleno vapor, a expectativa é que Itaqui pule três posições, ficando atrás apenas de Santos e Paranaguá, respectivamente primeiro e segundo. E seja a principal porta de saída do Norte e do Nordeste para o agronegócio.

"O Tegram vai desafogar os portos do [região] Sul e, com isso, tornar a produção do Norte mais competitiva", afirma o presidente da Emap.
Fonte: Aprosoja + Valor Econômico

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