Por Romulo GomesQua, 13 de Julho de 2011 16:09
As experiências foram coordenadas pelo pesquisador do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA), Fábio Sales, e realizadas com a participação de alunos do ensino médio e da graduação. Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), o estudo pode tornar mais rápida e eficaz a produção de alimentos, inclusive de sementes que possuem longo tempo de germinação, como as do babaçu e pinhão manso.
Para os testes, foram reaproveitados imãs de um alto-falante. Durante 48 horas, a água utilizada para irrigação das sementes foi colocada em repouso sobre esse campo magnético. “O campo facilita o fluxo da seiva, dos nutrientes, e assim chega mais rapidamente à semente”, explica Fábio Sales. As plantas tratadas magneticamente desenvolvem caules e folhas com maiores dimensões.
Os pesquisadores monitoram diariamente o experimento, ao mesmo tempo em que acompanham o grupo controle, formado por sementes que não passaram pelo tratamento magnético. Segundo Fábio Sales, a técnica não causa danos ao vegetal. “Muitas propriedades melhoram. A tendência é que essas plantas cresçam mais viçosas”, destacou.
Efeito magnético
O campo magnético modifica a estrutura interna da água, colocando mais cargas elétricas ao redor das pontes de hidrogênio e oxigênio, que compõem o líquido. Isso favorece, segundo o pesquisador, a absorção de água e nutrientes pela semente.
Em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e da Fundação de Amparo à Pesquisa de Pernambuco (FACEPE), os pesquisadores do Maranhão irão realizar investigações microscópicas, para entender os mecanismos que tornam a germinação das sementes de alface mais rápida.
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