Nesse contexto, o Porto do Itaqui tem papel estratégico.
Com estimativa de investimentos de R$ 250 milhões com recursos próprios da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), R$ 150 milhões do Governo Federal e de outros R$ 540 milhões da iniciativa privada, entre 2012 e 2016, o Itaqui está criando a infraestrutura portuária necessária para atender a demanda crescente. Paralelamente à entrega de um novo berço acabado e à construção de um segundo totalmente dedicado a derivados de petróleo (ambos contam com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento-PAC), no porto maranhense foi iniciada a construção de um terminal de grãos com capacidade para até 10 milhões de toneladas por ano.
Mesmo antes de anunciar o pacote para os portos, com um novo marco regulatório para o setor, o Governo Federal aponta na direção do fortalecimento das parcerias público-privadas (PPPs). A iniciativa privada, complementou o ministro, tem papel relevante nesse processo de remodelagem da estrutura legal da área portuária e a Emap tem se destacado não apenas por isso, mas também pelo planejamento de longo prazo e no desenvolvimento do Itaqui. “O Tegram é um exemplo de que o poder público deve trabalhar integrado com a iniciativa privada para criar a infraestrutura de transporte da qual o Brasil precisa e com mais agilidade”, frisou Luiz Carlos Fossati, presidente Emap.
Além dos investimentos e das novas regras para o setor, o Governo Federal quer aumentar a competitividade do país na área de transporte, promovendo a multimodalidade. Um dos projetos apresentados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) no VII Seminário SEP de Logística foi o Plano Nacional de Integração Hidroviária (PNIH). Uma das possibilidades é integrar rodovias, ferrovias e portos com a navegação interior. Desta forma, regiões de Mato Grosso, por exemplo, estado com a maior produção de grãos do país, seriam conectados a portos como Itaqui por vias hoje consideradas alternativas. Isso tornaria mais curto o caminho até ao Nordeste do país e, conseqüentemente, a importantes mercados internacionais.
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