Investimentos de R$ 25 bilhões em energia são anunciados na FIEMA
A informação foi divulgada no 9º Encontro com Empresários e o volume de recursos financiará 10 projetos que deverão entrar em operação até 2020.
Ascom/Fiema
São Luís - O Maranhão receberá R$ 25 bilhões de investimentos em infraestrutura de geração de energia elétrica nos próximos oito anos. Estão previstos sete hidrelétricas, duas termelétricas e um parque eólico, que, juntos, acrescentarão 9.441 megawatts de energia ao sistema elétrico brasileiro e passará a fornecer cerca de 6,5% da energia elétrica produzida no Brasil em 2020.
A notícia foi anunciada durante o 9º Encontro com Empresários, organizado pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), por meio do Núcleo de Competitividade Industrial. Esta é a terceira ação do tipo organizada este ano e tem por objetivo fomentar a discussão de assuntos relevantes para o ambiente de negócios na indústria maranhense.
O presidente da Fiema, Edilson Baldez das Neves, comentou que e expansão do setor terá impacto direto na economia estadual. “Estamos crescendo num ritmo rápido e o volume extra de energia elétrica garantirá a segurança energética no estado, o que será decisivo para o futuro da economia do Maranhão. Com energia sobrando, não só estaremos produzindo para o Brasil, mas também garantindo condições para perpetuar o crescimento do Maranhão”, afirmou.
Com o volume anunciado a capacidade de geração de energia elétrica no estado poderá crescer até 670% em oito anos, aproveitando-se do potencial energético dos rios Tocantins e Parnaíba em terras maranhenses, das jazidas de gás natural localizadas no centro do estado e do potencial eólico do litoral nordeste do Maranhão.
Atualmente, o estado produz cerca de 1.654 megawatts em duas hidrelétricas, duas termoelétricas e duas pequenas usinas de energia solar, instaladas em ilhas do litoral maranhense - Ilha dos Lençóis e Ilha Grande. No entanto, o volume produzido hoje representa cerca de 0,7% da produção nacional de energia elétrica.
A expansão prevista para o setor energético maranhense seria suficiente não apenas para atender a demanda local, hoje estimada em 2.021 megawatts, como para atender com sobra a demanda projetada para 2020, o que permitiria que as unidades produtoras de energia do estado contribuam de fato para a estabilidade do fornecimento de energia elétrica no longo prazo.
Segundo o subsecretário de Minas e Energias, Francisco Peres Soares, a forma com que a capacidade de produção de energia elétrica se expande no estado, está alinhada com a política adotada pelo governo federal. “O Maranhão não pode fugir muito do que foi planejado no longo prazo. O sistema nacional hoje é interligado e o estado vai passar a produzir para o Brasil também”, disse.
Para o coordenador geral de Eficiência Energética do Ministério de Minas e Energia, Carlos Alexandre Príncipe Pires, que também esteve no 9º Encontro com Empresários, disse que o consumo brasileiro deverá crescer a razão de 5% ao ano. “Vamos chegar a produzir 171 mil megawatts em 2020 e a nossa matriz energética é diferenciada. Temos 45% da nossa geração baseada em energias renováveis. Estamos muito a frente do resto do mundo e a capacidade de expansão está longe do limite”, assegurou Pires.
Participaram da ação os diretores da Fiema, Leopoldo Moraes Rego e Benedito Mendes o secretário adjunto de Estado de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, David Fernandes; representante da Petrobras, João Rabelo; superintendente do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) no Maranhão, Fernando Duailibi, o empresário , Celso Gonçalo, e o empresário holandês, Titus Swartjes, da World Wide Recycling, representantes da Cemar, da Agroserra, do Instituto Federal do Maranhão (Ifma) e do Senai.
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