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sábado, 27 de fevereiro de 2016

Estaleiro Naval

Governo assina protocolo para instalação de estaleiro naval no Estado


Data de Publicação: 27 de junho de 2008

Mais uma boa notícia para a população maranhense. O Governo do Estado assinou nesta sexta-feira (27), protocolo de intenções com a empresa Eisa Estaleiro S/A – empresa do grupo Synergy, também proprietária do Estaleiro Mauá - para instalação de um Estaleiro de Construção Naval destinado à produção, montagem, instalação e reparo de navios e plataformas de petróleo. Este novo empreendimento estimado em R$ 340 milhões que chega ao Maranhão vai gerar quatro mil empregos diretos e 12 mil indiretos.

“Somente em 2007, o governo atraiu 32 indústrias para o Maranhão, sendo que destas 25 estão investindo aqui pela primeira vez e outras sete estão ampliando seus investimentos. Os investimentos somam mais de R$ 3 bilhões e geram milhares de empregos. Esse novo empreendimento que chega agora nos deixa bastante feliz e nos dá a perspectiva de um futuro promissor para a economia do Estado”, disse o secretário chefe da Casa Civil, Aderson Lago, que representou o governador Jackson Lago na solenidade.

O secretário em exercício da Indústria e Comércio, Fernando Duailibe Mendonça, destacou a grandiosidade do empreendimento, lembrando que grandes empresas como a Vale e a Alumar, os dois maiores empreendimentos do Estado, empregam, diretamente, na faixa de 3.100 e 1.800 empregos, respectivamente.

“Além da geração de um grande número de empregos, o estaleiro vai possibilitar a criação de toda uma cadeia produtiva no Estado. A construção naval, assim como a indústria automobilística é uma das atividades econômicas que mais gera novas cadeias, novas indústrias para fornecimento de materiais”, observou o secretário, completando que isso vai ajudar bastante a modificar o quadro econômico do Maranhão.
Em abril deste ano, o governo recebeu uma carta-consulta do Estaleiro Mauá sobre o interesse da empresa em instalar um projeto para produção de navios porta-container no Maranhão. Para agilizar as negociações, o governo formou um grupo que ficou responsável pela definição dos detalhes para a assinatura do protocolo. “O protocolo assinado nesta sexta-feira é fruto de recente visita feita pelo governador Jackson Lago no último dia 18 às instalações da empresa no Rio de Janeiro”, destacou Aderson Lago.

A agilidade com que a equipe do governo conduziu as negociações foi elogiada pelo diretor-presidente do Estaleiro Eisa, Manuel Ribeiro Gonçalves. “O governador Jackson Lago, os secretários de Estado e todos os envolvidos nas negociações não mediram esforços, nem tempo, para que esse empreendimento viesse para o Maranhão. Há uma vontade de ambas as partes e vai dar certo. Esse é um negócio complexo que exige o empenho de todos, mas todos os grandes negócios são assim”, observou Manuel Gonçalves.
O Estaleiro Mearim, como será chamado, deverá entrar em operação em dois anos. Ele terá capacidade nominal suficiente para produzir navios com capacidade de carga de 185 mil tdw e será instalado em uma área de 60 hectares, já liberada, localizada nas proximidades do Porto do Itaqui. 
A instalação do estaleiro vai se dar em três fases: construção das instalações administrativas em um prazo de 14 meses, operação do dique seco dentro do prazo de 20 meses e finalização das obras e operacionalização plena do estaleiro, em 38 meses. 

Geração de emprego – No estaleiro, o item maior é o aço, sendo a mão-de-obra que trabalha com esta liga metálica a que a empresa contratará em maior número, segundo informou o presidente da Eisa. Ele também revelou que é projeto da empresa montar uma escola de treinamento, em parceria com o governo, para qualificar novos profissionais.

O governo vai atuar junto à Universidade Federal do Maranhão (Ufma), ao Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão (Cefet) e à Confederação da Indústria (CNI), a fim de que cooperem na montagem de programas de formação de mão-de-obra para atuação no empreendimento. “Acredito que quando o estaleiro estiver em plena carga a quantidade de emprego deva chegar a dez mil”, previu o presidente da Eisa.

“É gerando emprego que a economia cresce. Um estaleiro que pretende gerar quatro mil empregos diretos e doze mil indiretos é algo realmente novo no Maranhão. Aliado a este empreendimento temos ainda mais duas siderúrgicas que estamos atraindo para o Maranhão e mais a refinaria que já está decidida que virá para o Estado– a maior da América Latina. Acho que o Maranhão começa a viver uma nova fase de desenvolvimento, como era a pregação do governador Jackson Lago”, observou o secretário de Planejamento, Abdelaziz Santos. 
Participaram ainda da solenidade de assinatura do protocolo o superintendente do Banco do Nordeste no Maranhão, Francisco José Moraes, o diretor do projeto do Estaleiro, Roberto Flores, o consultor, Paulo Mury, o secretário de Meio Ambiente, Othelino Neto e o assessor de Projetos Especiais do governo, Luiz Raimundo Azevedo.

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