A construção do Porto de São Luís pela WPR no Cajueiro é aguardada com expectativa por moradores da localidade que vêm no empreendimento a possibilidade de melhorias para a região. O terminal privado será construído em uma área de dois milhões de m2, com acesso direto à BR 135 e às ferrovias Carajás e Transnordestina, e contará com ampla capacidade de movimentação de grãos, fertilizantes, líquidos, carga geral e containers.
Para a mobilizadora social Iêda Maria Silva, moradora da área há dois anos, as famílias vislumbram, na instalação do terminal portuário, uma esperança de compensação que o empreendimento pode proporcionar em termos de infraestrutura.
Segundo a ativista social, levantamento junto a mais de 200 famílias, mostra que o investimento da WPR pode significar, para 89% da comunidade, um retorno benéfico aos moradores, a ser traduzido em pavimentação asfáltica, água encanada, construção de uma creche e de uma escola de ensino fundamental.
“Essa é a nossa bandeira hoje. Nós queremos o porto lá”, afirma Iêda, que também aponta para alguns impasses entre o interesse geral da comunidade e conveniências de determinados grupos. Segundo ela, a preocupação é que não haja qualquer prejuízo aos meios de subsistência dos moradores, como agricultura, pesca e extrativismo.
Ainda de acordo com Iêda Silva, entre melhorias estruturais e de apoio às atividades profissionais locais, pelo menos outras sete comunidades adjacentes serão beneficiadas, como Porto Grande, Camboa dos Frades, Murtura, Vila Maranhão, Gapara, Maracanã e São Benedito.
O funcionário público Nataniel Costa Barreto também apóia o empreendimento. Segundo ele, o importante é garantir que as compensações tais como asfalto, saúde, escola, etc, sejam efetivadas. De acordo com o morador, o pequeno foco de resistência em relação ao projeto é feito por pessoas que estão aproveitando a instalação do porto para praticarem a especulação imobiliária.
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