"Como os reservatórios estão cheios, não devemos operar este ano, salvo se formos acionados em uma situação de emergência", informou o diretor-geral da Gera Maranhão, Álcio Adler, ao lembrar o caso de um atendimento específico realizado ano passado à Eletronorte.
Em fevereiro de 2010, três meses antes de ser inaugurada oficialmente, a Gera Maranhão foi acionada durante um fim de semana pela Eletronorte, que precisou fazer manutenção em linha de transmissão que abastece São Luís. Desde então, a usina tem feito testes permanentes para operar tão logo seja acionada.
Este mês a Gera Maranhão deu entrada na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema) ao pedido de renovação da licença de operação da usina, que tem validade de um ano.
Com capacidade para produzir 330MW de energia elétrica, a UTE Gera Maranhão - formada pelas plantas gêmeas Geramar I e Geramar II - vencedora do 4º Leilão de Novas Energias, realizado em 2007, ganhou o direito de vender energia por um período de 15 anos para 36 distribuidoras espalhadas pelo país, inclusive para a Companhia Energética do Maranhão (Cemar).
Investimento de R$ 560 milhões, a UTE Gera é um empreendimento do consórcio de empresas Servitec, Ligna, Equatorial Energia e Fipe Brasil Energia. Durante sua instalação gerou 1.200 empregos diretos e indiretos e demandou 600 containeres de equipamentos e peças, além de 38 grupos geradores de 150 toneladas cada, montados na Itália.
Quando estiver em operação, para acionar os grupos geradores, a usina necessitará de 1.700 toneladas/dia de óleo combustível. As plantas Geramar I e Geramar II dispõem de capacidade de tancagem de 11.400 toneladas de óleo pesado (B1), que, de acordo com a UTE, é de baixo teor de enxofre.
O óleo combustível, principal insumo da UTE Gera para a geração de energia, será adquirido de várias refinarias no país e chegará ao Maranhão pelo Porto do Itaqui, em São Luís, de onde seguirá de caminhão até a usina.
Empresas que formam a Gera Maranhão
- Equatorial Energia S/A (25%) - Holding com atuação no setor elétrico e presença no estado, onde, além da Gera Maranhão, detém o controle acionário da Cemar, e no Rio de Janeiro, mediante participação acionária na Light.
- FIP Brasil Energia (25%) - Fundo de Investimento em participações iniciado em 2004, com gestão do BTG Pactual, que também é cotista, o FIP Brasil Energia reúne investimentos de grandes fundos de pensão, do BNDES e do Banco do Brasil Investimentos (BBI). Entre os cotistas estão Petros (Petrobras), Funcef (Caixa), Real Grandeza (Furnas), Fapes (BNDES), Infraprev (Infraero) e Banesprev (Banespa).
- GNP S/A (50%) - Holding com atuação no setor elétrico que é controlada pelos grupos empresariais Servitec, com atuação em vários estados do país desde 1969 com serviços de engenharia e energia e que, além da Gera Maranhão, participa do controle acionário da Gera Amazonas (Manaus) e Bons Ventos (Ceará); e Ligna, conglomerado empresarial que atualmente investe nas atividades varejista (Leo Madeiras e Leroy Merlin), imobiliária (Novo Espaço), energética (Bons Ventos e Gera Maranhão) e industrial (Duratex).
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