Começaram fora dos candidatos, sem direito a páginas inteiras nos jornais desportivos e com direito apenas a breves referências nos telejornais nacionais. Começaram anónimos e sem pertencerem a qualquer lista de favoritos ao título que Portugal conquistara vinte anos antes. Este ano, não existia uma nova "geração de ouro", faltavam craques e bom futebol, mas entre 29 de Julho e a madrugada de sábado tudo mudou.
Sem avisarem ninguém, os miúdos de Ilídio Vale, chegaram à final sem sofrer golos, com vários jogadores entre os melhores do torneio - Mika, Danilo e Nélson Oliveira - e prontos para enfrentar o Brasil à procura do estatuto de penta-campeão do Mundo, também entre os sub-20. Mas as grandes epopeias não precisam de um final feliz para ficarem na memória de quem as acompanhou e na madrugada de sábado, já com direito a especiais na televisão e depois de páginas inteiras na imprensa, Portugal voltou a entrar em campo com mais garra que futebol, mas desta vez acabou derrotado por 3-2.
"Portugal fez um Mundial brilhante. A minha equipa não era favorita, mas nunca nos amedrontámos nos jogos", congratulava-se Ilídio Vale, o técnico que agora juntou o vice-campeonato mundial ao currículo. "Este Mundial permitiu revelar vários jogadores portugueses, como foram os casos do Mika, Danilo e Nélson Oliveira. É a prova que Portugal tem excelentes jogadores para o futuro", disse.
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