17/03/2015 - Navio da britânica Chariot Oil & Gas iniciará busca por petróleo em Barreirinhas
Veículo: JORNAL O ESTADO DO MARANHÃO
Editoria: ECONOMIA
A companhia britânica Chariot Oil & Gas deve iniciar, no segundo trimestre deste ano, levantamento de dados sísmicos 3D na Bacia de Barreirinhas (marítima), onde arrematou quatro blocos. A Polarcus, empresa especializada em aquisição sísmica com sede nos Emirados Árabes Unidos e representação no Brasil, será responsável pelo trabalho.
Os blocos BAR-M-292, BAR-M-293, BAR-M-313 e BAR-M-314 foram arrematados pela Chariot na 11ª Rodada de Licitações da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizada em maio de 2013, com bônus de assinatura no valor total de R$ 4.293.184,00.
O objetivo da pesquisa sísmica marítima é buscar informações sobre as formações rochosas que estão no subsolo do fundo do mar, para encontrar e analisar os locais onde há poços de petróleo. Seu principal instrumento de pesquisa, o navio de sísmica, tem grandes cabos com canhões de ar comprimido e sensores sísmicos.
A Chariot foi uma das três operadoras estrangeiras - as outras foram BG Energy (10 blocos) e BP EOC (um bloco) - que arremataram áreas na Bacia de Barreirinhas, ofertadas durante a 11ª Rodada da ANP, região onde se estima um potencial de 300 milhões a 500 milhões de barris de óleo.
Os quatro blocos da Chariot estão localizados a 70 km da costa, e cobrem uma área de 768 km², com profundidade que varia de 85 m a 1.700 m.
No ano passado, a AziLat Ltd., empresa de exploração de petróleo e gás com foco na América, se associou à Chariot. Pelo acordo entre as duas companhias, a AziLat, por meio da sua subsidiária local. AziBras Exploração de Petróleo e Gás Ltda., desembolsará 50% do programa de aquisição sísmica 3D e custos relacionados, em troca de 25% de participação nos blocos.
Logo após resultado do levantamento sísmico, será definida a campanha de perfuração. A previsão é de que um a dois poços pioneiros sejam perfurados na primeira fase de exploração dos quatro blocos na Bacia de Barreirinhas.
Margem equatorial - A Bacia de Barreirinhas é uma bacia de nova fronteira situada na margem equatorial brasileira, entre as cidades de São Luís (MA), e Parnaíba (PI), que, embora ainda não se tenha descobertas significativas, apresenta grande potencial petrolífero, pois tem sistema ativo comprovado e ocorrência de hidrocarbonetos em vários poços perfurados.
Recentes descobertas na costa oeste africana, nas bacias de Gana e Costa do Marfim, são análogas às bacias da margem equatorial brasileira, dando um indicativo do potencial de região de Barreirinhas.
Números - 4 Blocos exploratórios foram arrematados pela companhia britânica Chariot na Bacia de Barreirinhas; R$ 4,2 Milhões foi o valor do bônus de assinatura pago pela Chariot na aquisição dos quatro blocos.
Fique por dentro:
- Depois de celebrar o contrato de concessão com a ANP, a empresa de petróleo (concessionária) desenvolve pesquisas sobre as reservas de petróleo no bloco concedido. Esta atividade é regulamentada pelo Ibama, órgão federal responsável pelo licenciamento de petróleo.
- Os cabos conectados ao navio têm quilômetros de comprimento, e os canhões de ar comprimido são cilindros que lançam ondas sísmicas de ar. Essas ondas se propagam nas rochas no fundo do mar, e geram diversos reflexos. Esses reflexos são registrados por equipamentos semelhantes a um micrifone, que são chamados de hidrofones, e ficam distribuídos ao longo dos cabos.
- O objetivo da pesquisa sísmica marítima é buscar informações sobre as formações rochosas que estão no subsolo do fundo do mar para encontrar e analisar os locais onde há poços de petróleo. Seu principal instrumento de pesquisa, o navio de sísmica, tem grandes cabos com canhões de ar comprimido e sensores sísmicos.
- A pesquisa sísmica pode gerar impactos ao mar e às pessoas que trabalham no mar (pescadores e trabalhadores do turismo). Por isso, é um procedimento que tem regras rígidas e deve ter ampla fiscalização do Ibama.
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